Sunday, October 7, 2018

Para lá de Alvalade: núcleos do Sporting e o subito apoio ao afastamento de BdC

O que é que significa ser-se do Sporting? Gostar da camisola verde e branca? Gostar do simbolo, do leão rampante? Gostar do ecletismo do Sporting Clube de Portugal? Gostar dos pergaminhos, dos principios estabelecidos pelos fundadores ( a respeito dos quais a chamada "corja chupista que domina e rodeia a direcção actual" nada sabe)?

É ser-se do Sporting, isso sim, rumar a Alvalade e apoiar a equipa sénior de futebol profissional ou as equipas das chamadas modalidades amadoras (as tais que tudo ganharam).

Para quem tem de percorrer dezenas ou centenas de quilómetros para apoiar o Sporting Clube de Portugal e as suas várias equipas os Núcleos são fulcrais.

Quem são as pessoas que compõem estes núcleos? São sempre sócios do Sporting Clube de Portugal? Quem equipa as direcções destes núcleos, sócios e simpatizantes do clube, ou apenas sócios?

Tal como definido no Regulamento de Constituição dos Núcleos, os Núcleos "estão obrigados a constituírem-se legal e juridicamente como associações, devendo previamente à respectiva escritura requerer autorização ao Conselho Directivo para integrarem a família «leonina» como Núcleo do Sporting Clube de Portugal".

Mais ainda, " nos termos do disposto no art.º 62.º, n.º 1, al. c) dos Estatutos do Clube, todos os sócios dos Núcleos devem ser sócios do SCP ".

Recordamos que o anterior Presidente do Sporting Clube de Portugal, Dr. Bruno de Carvalho, considerava vital o respeito ao que acima se cita em termos da constituição e Escritura dos Núcleos do Sporting Clube de Portugal.

Todos os núcleos que não respeitassem estes estatutos não podiam ser considerados ou classificados oficialmente como Núcleos do Sporting Clube de Portugal, não podendo nomear-se como tal. Isto implicou que alguns desses núcleos se tornassem conhecidos localmente como "nucleos sportinguistas" desta ou daquela localidade, por oposição a serem aceites como Núcleos do Sporting Clube de Portugal (com direito ao usufruto dessa designação).

Centrar-nos-emos em algumas peças do mosaico dos núcleos do Alentejo como exemplo de algo que se tem passado por todo o país.

De acordo com a nossa investigação, verificámos que a aceitação da Escritura dos Núcleos de acordo com os estatutos estabelecidos não foi, nem é, algo pacífico.

Localidades como Almodóvar, Portalegre, Vendas Novas, Beja, Montemor, Évora, Portel, Mertola e Moura albergam importantes comunidades sportinguistas organizadas em torno dos seus núcleos.

Em alguns casos (Beja, Mértola, Almodovar, etc) surgiram diversos problemas na forma como os estatutos ou o apoio à anterior direcção do SCP deviam ser encarados.

Noutros, nas assembleias para a aprovação dos estatutos e/ou escritura, a concordância em torno ponto 1.6 do Capitulo I do Regulamento de constituição de Núcleos ("Nos termos do disposto no art.º 62.º, n.º 1, al. c) dos Estatutos do Clube, todos os sócios dos Núcleos devem ser sócios do SCP") foi dificil de atingir já que muitos dos associados desses nucleos se opunham a ele. Se é verdade que as votações acabariam por (em muitos casos) determinar o respeito pelos estatutos, também se torna evidente uma clivagem difícil de esconder. A expectativa da Direcção do Sporting Clube de Portugal não encontrou eco total junto dos núcleos devido a este mesmo problema - e aqui começam algumas das sementes que viríam a germinar numa falta de apoio à então Direcção do Clube.

O vogal da direção do Sporting ligado aos Núcleos, Bruno Mascarenhas, que pediu a demissão da Direcção presidida por Bruno de Carvalho no dia 18 de Maio, surge como uma peça fundamental no pós-AG23, pois nas semanas que antecederam as (pseudo, ilegítimas) eleições de 8 de Setembro surgiu em contactos com os Núcleos do Sporting Clube de Portugal para visitas do "seu candidato" (no caso, o excelso e exemplar ex-membro da banca, membro de um clube de bancários comummente designados por "sem cheta", José Maria Ricciardi).

Aquando do ataque a Alcochete, este senhor (Bruno Mascarenhas) desapareceu dos radares dos Núcleos (evitando assim comprometer-se?) voltando ao contacto com estes - especificamente alguns dos presidentes de núcleos - para apelar à não-continuidade de Bruno de Carvalho. Isto, pretendiam ele e os seus novos "amigos", teria de traduzir-se na Destituição de Bruno de Carvalho "marcada" para a já tristemente célebre AG23.

Bruno Mascarenhas não foi o único a "virar a casaca", um daqueles que súbita e oportunisticamente decidiu virar as costas a Bruno de Carvalho.

Atentemos no exemplo do "jornalista" Antonio Sancho, marido  de Maria Serrano Sancho,  actual Vice-Presidente (com a Responsabilidade Social, Inclusão e Transparência) de Frederico "Fivelas" Varandas , o mesmo jornalista que se viu a braços com o risco de pena de prisão num caso tristemente célebre (https://www.dn.pt/arquivo/2006/interior/jornalista-incorre-em-pena-de-prisao-638956.html).

Antonio Sancho professava a quem com ele se cruzava nas lides "sportinguistas" que tudo "iria correr bem" na AG23, e que tudo estaria preparado para a saída do então presidente da Direcção do Sporting Clube de Portugal.

Da mesma forma, Maria José Henrique, presidente do Núcleo do Sporting Clube de Portugal de Mértola, anteriormente tida como "brunista", subitamente transformada em "sócia preocupada com a direcção tomada por Bruno de Carvalho" - vulgo, anti-Bruno - declarou-se como partidária do afastamento de Bruno de Carvalho na AG23 e, posteriormente, acérrima defensora de Frederico "Filma a Fivela" Varandas. A incrível rabula de ataque desta oportunista apoiante de Fivelas a João Braga por este não votar em Varandas pelo facto do numero 2 ser ou não um tal de "Silveira"...foi um episódio revelador da sua conduta enquanto presidente de núcleo.

Atente-se na declaração de Maria José Henrique sobre o convite de Antonio Sancho (o tal) para um jantar em Évora nos dias que antecederam as eleições de 8 de Setembro. Recorde-se que o conhecimento de alguns destes presidentes de Núcleos com Varandas ou outros candidatos se reporta a Junho, ou seja, em antecipação da notória AG23 - como foi o caso desta excelsa senhora que, de forma declarada e sem pudor, colocou posts reveladores no seu perfil do Facebook (sim, há prints guardados desses posts).

De igual modo, o presidente do Núcleo de Moura, Francisco Manta, publicou memes ofensivos contra Bruno de Carvalho, um dos quais no dia 17 de Agosto às 17:04 (note-se, nos comentários, o calibre dos apoiantes deste senhor que desejavam a morte ao presidente destituido; sim, há prints guardados destes posts).

Recorde-se que no dia 20 de Julho de 2018, ficámos a saber que Bruno de Carvalho estava impedido de ir aos Núcleos do Sporting em acções de campanha eleitoral. Apesar disso, muitos núcleos decidiram receber o Presidente destituído (Batalha, Leiria, Ferreira do Zêzere foram alguns desses núcleos); outros, contudo, negaram-se a fazê-lo - exemplos disso foram os Núcleos de Loures, Peniche e Caldas da Rainha.

As ameaças de recepção a tiros de caçadeira em Reguengos à comitiva de Bruno de Carvalho foi apenas mais um reflexo do trabalho sistemático, por parte de personagens como as referidas acima, para a destruição da reputação e capacidade de movimentação dos sócios do presidente destituído.

Este trabalho sistemático havia começado pouco depois do ataque a Alcochete e teve um episódio revelador no 11.º almoço dos sportinguistas de Alenquer em que esteve presente o então presidente Bruno de Carvalho, no dia 11 de Junho de 2018. Um dos presentes terá exigido a Bruno de Carvalho que se calasse e não falasse de comparações face aos rivais.

Há que entender, por tudo o que foi descrito acima, que a Destituição de Bruno de Carvalho foi um plano ardiloso com diversos vectores quer em Alvalade, quer nos muitos núcleos espalhados pelo país. Os autores desse plano contavam, e contam, com a colaboração de gente gananciosa, desleal, que buscavam, e buscam, apenas e só o proveito próprio ou o tacho futuro.

Sabemos quem foram. Sabemos quem são. Conhecemos o papel que tiveram no arrebanhar de vira-casacas e traidores do mais baixo calibre. Também sabemos como, movidos por ego e pura vaidade, anteciparam publicamente aquilo que viria a suceder na AG23.

Tudo o que se nos é pedido é que relacionemos tudo isto com o quadro actual de desgoverno e falta de credibilidade do Sporting Clube de Portugal.

Haverá muito mais a dizer, muitos mais elementos e expor. E isso aqui será colocado futuramente, com mais brevidade do que possam julgar!

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